Na Indochina do século X, o amor por um tapeceiro hindu,
arrebata o coração de uma vestal chinesa, que foge do templo para desposa-lo.
Do entrelaçamento dessas duas almas apaixonadas nasce uma criança. Um menino,
cabelos negros como ébano, pele na cor do cobre claro, olhos aveludados no tom
do castanho escuro, iluminados de ternura.
O espírito que ali reencarnava, trazia gravada na memória
espiritual a missão de estimular as almas desejosas de conhecer a verdade.
Aquela criança cresce demonstrando inteligência fulgurante, fruto de
experiências adquiridas em encarnações anteriores.
O templo por ele fundado foi erguido pelas mãos de seus
primeiros discípulos. Cada pedra de alvenaria recebeu o toque magnético pessoal
dos futuros iniciados. Nesse templo ele procurou aplicar a seus discípulos os
conhecimentos adquiridos em inúmeras vidas anteriores.
Na Atlântida foi contemporâneo do espírito que mais tarde
seria conhecido como Alan Kardec e, na época, era profundamente dedicado à
matemática e às chamadas ciências positivas. Posteriormente, em sua passagem
pelo Egito, no templo do faraó Mernefta, filho de Ramsés, teve novo encontro
com Kardec, que era, então, o sacerdote Amenófis.
No período em que se encontrava em ebulição os princípios e
teses esposados por Sócrates, Platão, Diógenes e mais tarde cultuados por
Antístenes, viveu este espírito na Grécia na figura de conhecido mentor
helênico, pregando entre discípulos ligados por grande afinidade espiritual a
imortalidade da alma, cuja purificação ocorreria através de sucessivas
reencarnações. Seus ensinamentos buscavam acentuar a consciência do dever, a
auto reflexão, e mostravam tendências nítidas de espiritualizar a vida. Nesse
convite a espiritualização incluía-se no cultivo da música, da matemática e astronomia.
Cuidadosamente observando o deslocamento dos astros conclui
que uma Ordem Superior domina o Universo. Muitas foram suas encarnações, ele
próprio afirma ser um número sideral.
O templo que Ramatis fundou, foi erguido
pelas mãos de seus primeiros discípulos e admiradores. Alguns deles estão
atualmente reencarnados em nosso mundo, e já reconheceram o antigo mestre
através desse toque misterioso, que não pode ser explicado na linguagem humana.
Ele nos adverte sempre de que os seus íntimos e verdadeiros
admiradores são também incondicionalmente simpáticos a todos os trabalhos das
diversas correntes religiosas do mundo. Revelam-se libertos do exclusivismo
doutrinário ou de dogmatismos e devotam-se com entusiasmo a qualquer trabalho
de unificação espiritual.
O que menos os preocupa são as questões doutrinárias dos
homens, porque estão imensamente interessados nos postulados crísticos.
Trechos da Biografia de Ramatís ,
por Marcus Cezar Ferreira.
Segundo relatos, numa conferência pública realizada em 1969,
no Instituto de Cultura Espírita do Brasil, o médium Hercílio Maes disse que
recebeu informações dos espíritos superiores referentes tanto à atuação de
Emmanuel e Chico Xavier, quanto à de Ramatís e do próprio Hercílio Maes, assim
como de outros integrantes de futuras equipes de trabalhos espiritualistas. A
idéia é que cada qual teria sua função e atuação específica, no sentido de
constituir um amplo movimento de unificação que resultaria na implantação, no
futuro, de um só rebanho para um só pastor: Jesus Cristo.
Hercílio Maes, contador e advogado em Curitiba, foi o mais
conhecido médium ligado ao espírito de Ramatis. Antes de se tornar espírita, foi
teosofista, maçom e rosacruz.
Nascido em Curitiba – Paraná
Falecido em 1993
Fonte Wikipédia